No início da campanha para as presidenciais norte-americanas, o Web site da candidatura de Obama, dedicava várias secções do seu plano energético, ao etanol produzido a partir dos cereais. A candidatura democrata, definia o etanol como um elemento fundamental para a independência energética dos Estados Unidos. Para cumprir uma série de metas, com vista ao aumento da produção de etanol, Obama propunha-se a criar uma série de incentivos fiscais para as comunidades locais que investissem em biocombustíveis.
No decorrer do mês de Agosto, Obama lançou o seu programa para as questões energéticas , “New Energy for America", onde não fez qualquer menção ao etanol produzido a partir dos cereais.
No entanto, o seu gabinete quando inquirido por um jornalista do Energy Tribune, acerca da posição do Senador Obama sobre o etanol, não prestou qualquer declaração. Limitou-se a informar que Obama não queria falar sobre o etanol. Percebe-se bem esta súbita mudança de posição, porque o etanol é cada vez mais controverso.
Em 2007, Obama e outros dois Senadores, o Democrata Tom Harkin do Iowa e o Republicano Richard Lugar do Indiana, introduziram no Senado legislação chamada “The American Fuels Act of 2007”. Esta legislação visava essencialmente promover o uso de biocombustíveis.
“To become truly energy independent, we need not only to increase domestic production of renewable fuels like ethanol, but also make sure that the pumps are widely available to distribute the fuel and that automakers produce more vehicles that can use the fuel.…This legislation will greatly reduce our dependence on foreign oil and strengthen farm income by increasing both supply of and demand for biofuels.” Obama, 2007.
Apesar da discussão energética, ter sido ofuscada pela crise do sistema financeiro, e consequentemente, também ter desaparecido da discussão, o aumento dos preços dos alimentos, por causa dos biocombustíveis, o problema permanece.
Importa por isso saber o que fará Barack Obama se for eleito Presidente. Qual será a sua política acerca dos biocombustíveis? Manterá o seu apoio a esta medida desastrosa, ou será capaz de empreender uma ruptura com os interesses instalados e com aquilo que defendeu fervorosamente no passado?
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