O controverso cientista político norte-americano Charles Murray, diz que os impostos são um preço, que cada um de nós está disposto a pagar para ter a sua consciência tranquila. Ainda que seja inconscientemente, o pagamento dos nossos impostos, representa para nós uma transferência na responsabilização dos problemas. Ou seja, se existem pessoas a viver na pobreza, a culpa é do Estado que não está a canalizar para essas pessoas o dinheiro dos nossos impostos.
Recentemente, o "selo verde" também passou a ser uma forma de tranquilizar a nossa consciência. Os europeus e americanos, adoram hoje todo o tipo de produtos supostamente "verdes". É o preço que aceitamos pagar por uma consciência tranquila, mesmo quando efectivamente pouco fazemos pelo ambiente.
O etanol que nos foi "vendido" como o combustível verde, foi acolhido entre nós com uma euforia cega, porque num momento em que se instalou um verdadeiro ambiente de fervor religioso em torno da questão das alterações climáticas, governos e cidadãos viram nos biocombustíveis uma forma de tranquilizar as consciências.
O problema é, que o etanol tem sido um enorme fracasso. Por um lado, está a condenar milhões de pessoas a morrer à fome, e por outro, a contribuir para a desflorestação em países como o Brasil, e por essa via também a contribuir para o aumento de CO2 na atmosfera.
Até quando estamos dispostos a pagar este preço pelas nossas consciências tranquilas?
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