A aposta nos biocombustíveis tem se traduzido num enorme fracasso a todos os níveis. Algumas notas sobre esse insucesso:
1) Em Maio de 2007, o “Center for Agricultural and Rural Development at Iowa State University”, divulgou um relatório que estimava, que a despesa dos americanos com a alimentação, aumentou em $47 por ano devido à produção de etanol. O mesmo estudo, conclui que o custo total do etanol para os americanos é de $14 mil milhões de dólares, sem incluir custo dos subsidios federais para os produtores.
2) Em Setembro de 2007, Corinne Alexander e Christ Hurt, economistas na Universidade de Purdue, estimaram que dois terços do aumento dos preços nos alimentos, no período do 2005 a 2007 se deveu aos biocombustíveis.
3) Em Abril de 2008, um relatório interno do Banco Mundial, estimou o aumento do preço dos cereais em 140% entre Janeiro de 2002 e Fevereiro de 2008.
“This increase was caused by a confluence of factors but the most important was the large increase in biofuels production in the U.S. and E.U. Without the increase in biofuels, global wheat and maize [corn] stocks would not have declined appreciably and price increases due to other factors would have been moderate.” Robert Zoellick, president of the Bank, acknowledged those facts, saying that biofuels are “no doubt a significant contributor” to high food costs. And he said that “it is clearly the case that programs in Europe and the United States that have increased biofuel production have contributed to the added demand for food.”
4) Em Maio de 2008, um relatório do Congresso, atribuía a escalada dos preços dos alimentos a nível mundial a dois factores: o aumento da procura de cereais para o fabrico de rações animais e a produção de biocombustíveis.
5) Também em Maio de 2008, Mark Rosegrant, do “International Food Policy Research Institute”, declarou perante o Senado norte-americano: “If the current biofuel expansion continues, calorie availability in developing countries is expected to grow more slowly and the number of malnourished children is projected to increase.”
6) Em Junho de 2008, a Oxfam, uma ONG que combate a fome, divulgou um relatório em que estimava que os biocombustíveis eram responsáveis por cerca de 30% do recente aumento global dos preços dos alimentos, e que esta situação está a empurrar para a pobreza extrema cerca 30 milhões de pessoas. “Rich countries’ demands for more biofuels in their transport fuels are causing spiraling production and food inflation.”
7) Em Julho de 2008, um relatório da "Britain`s Renewable Fuels Agency" concluía: “Biofuels contribute to rising food prices that adversely affect the poorest.” The report, known as the Gallagher Review, also said that demand for “[biofuels] production must avoid agricultural land that would otherwise be used for food production. This is because the displacement of existing agricultural production, due to biofuel demand, is accelerating landuse change and, if left unchecked, will reduce biodiversity and may even cause greenhouse gas emissions rather than savings. The introduction of biofuels should be significantly slowed.”
8) Também em Julho de 2008, a OCDE emitiu um relatório sobre os biocombustíveis que concluía: “Further development and expansion of the biofuels sector will contribute to higher food prices over the medium term and to food insecurity for the most vulnerable population groups in developing countries.”
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